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Achigã (Bass)

Nome Vulgar:
Achigã
Nome Científico:
Micropterus Salmoides
Família:
Centrarchidae
Ordem:
Perciformes
Meio Ambiente:
Bento pelágico, não migratória
Profundidade:
7m
Clima:
Temperado
Ph:
7.0 a 7.5
Temperatura:
10 a 32ºC
Longevidade:
11 anos
Comprimento:
50Cm Máx.
Reprodução:
Janeiro a Maio
Alimentação:
Carnívoro Predador
Nativa Pen.Ibérica:
Não

Achigã
Achigã
Achigã, Micropterus Salmoides
Micropterus Salmoides


Origem

O achigã é originário do sul do Canadá e norte dos Estados Unidos da América e foi introduzido na Europa no final do século XIX. 

Distribuíção Geográfica

Portugal:O achigã foi introduzido pela primeira vez em Portugal em 1898, na Lagoa das Sete Cidades, S. Miguel, nos Açores. No continente, apenas em 16 de Fevereiro de 1952, através de um pequeno número de alevins (150), provenientes de uma piscicultura francesa, a Piscicultura de Clouzioux. O Achigã teve uma excelente adaptação e espalhou-se rapidamente por todas as bacias hidrográficas, particularmente a sul do Rio Tejo, sendo hoje  considerado um dos predadores que mais tem contribuído para uma clara diminuição de outras pequenas espécies, nomeadamente nas albufeiras.

Brasil:foi introduzido no Brasil na década de 30 e habita várias represas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Características

Possui um corpo altivo e alongado, uma cabeça grande e de boca larga e com numerosos e minúsculos dentes, justificadamente agressiva, possui um dorso e cabeça de coloração verde escuro ou oliváceo, com flancos dourados, ventre branco, a linha lateral tem uma fiada de manchas castanhas ou negras, bem visível nos adultos e o opérculo tem duas barras escuras e uma mancha preta.  Tem uma barbatana dorsal dividida em duas partes, tendo a primeira raios espinhosos, tendo ainda na boca uma maxila inferior proeminente e mais saliente do que a superior.

Habitat

Caracteriza-se como um peixe de águas temperadas ou pouco frias suportando temperaturas extremas com baixa concentração de oxigénio, habitando em locais com vegetação aquática nas albufeiras e lagoas, aparecendo também em alguns troços médios e inferiores dos rios, e habitualmente vive solitário ou em pequenos grupos. É uma espécie de superfície não excedendo normalmente os 7 metros de profundidade e que suporta bem as águas salobras.
 Pode medir até 80 cms. e possuir um peso máximo de cerca de 10 kgs., sendo estas medidas mais reduzidas nos exemplares europeus.

Alimentação

O Achigã adulto é um predador muito voraz, alimentando-se preferencialmente de outros peixes e crustáceos e também de insectos aquáticos.

Reprodução

Durante o período de reprodução, de Abril a Junho, o macho tem um comportamento territorial, protegendo o ninho até os novos terem 3 a 4 semanas de idade. Após este período, permanece em cardumes pouco numerosos durante mais 2 ou 3 meses.
A desova ocorre quando a temperatura da água atinge os 16 a 18ºC, cada fêmea deposita entre 4.000 e 10.000 ovos em locais de fraca corrente e pouca profundidade, em ninhos feitos pelos machos sobre camadas de pedras, cascalho, areia ou entre raízes aquáticas, ficando os ovos aderentes ao substrato do ninho, o qual é bem guardado e onde procura agitar-se constantemente para melhor oxigenação dos ovos. Após a postura, a companheira é expulsa do ninho, chegando mesmo a ser caçada, podendo ainda o macho atrair outra fêmea.

Técnicas de Pesca para o Achigã

O achigã alimenta-se de "pequenos" peixes(bogas, escalos, abletes e outros), crustáceos, insetos e moluscos. Sendo um predador voraz, tende a capturar as presas no seu raio de ação. A sua captura tem de se adaptar ao meio, são usados sobretudo amostras que se movimentem simulando presas que normalmente façam parte da sua dieta. Em dias com pouca luz, no inicio ou final do dia, não é invulgar andar próximo da superfície. Em alturas ensolaradas, como a visão não se adapta a ambientes com muita luz, está em zonas com alguma vegetação ou zonas de sombra. Podem, por isso, usar-se amostras para superfície no primeiro caso e para fundo no segundo. Usar a pesca ao corrico na superfície e pesca que movimente a amostra próximo do fundo em dias muito claros. Não só a luminosidade tem influência no comportamento, também a temperatura da água. Com a água a menos de 13ºC, o peixe fica quase inativo não se alimentando e movimentado normalmente. Quando a temperatura sobe para além dos 20ºC. o peixe torna-se muito mais ativo possibilitando o uso de vários tipos de amostras. O isco artificial mais usado é a isca soft(minhoca artificial) mas, a utilização de "plugs" de meia água e fundo, pode ser muito eficiente. A cor da água influência o o seu comportamento, normalmente, em águas claras(limpas) prefere iscas menores de cor clara, por outro lado, em águas escuras, prefere iscas maiores e brilhantes. Montagens de pesca para achigã.
Tamanho mínimo de captura: 20 cm.

Locais pesca achigã Portugal

Barragem de Aguieira, Alvito, Arade, Belver, Bravura, Cabril, Caia, Caniçada, Capinha, Carrapatelo, Castelo de Bode, Coruche, Crestuma Lever, Ermal, Fagilde, Fonte Serne, Funcho, Idanha-a-nova, Machuqueira, Magos, Maranhão, Meimoa, Montargil, Monte da Barca, Monte Novo, Morgavel, Mourão, Mula, Odivelas, Pêgo do Altar, Póvoa e Meada, Rôxo, Santa Clara, Torrão, Toulica, Vale Cobrão, Vale da Gata, Vale do Carrapatoso, Vale do Gaio, Venda Velha, rio Arade, Caia, Degebe, Douro, Guadiana, Leça, Lis, Minho, Sado, Sever, Sorraia, Tâmega, Tejo, Vouga, Xarrama e Zêzere. Também nos Açores e na Ria de Aveiro.

Locais pesca Black Bass Brasil

É comum nas represas dos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.